14 de junho de 2024 - Dicas

Qual é a ordem ideal para degustar os vinhos?

Qual é a ordem ideal para degustar os vinhos?

Imagine-se em uma sala tranquila, rodeado por uma variedade de garrafas de vinho. Cada uma contém um universo distinto de aromas e sabores à espera de serem descobertos. Qual seria a ordem ideal para degustar cada um deles? Qual é a sequência perfeita para apreciar a complexidade e a diversidade que eles têm a oferecer?

Pode até ser um pouco mais complexo do que parece. Mesmo assim, a ordem dos vinhos para degustação não é um bicho de sete cabeças. Neste artigo da Panceri, vamos explorar a arte da ordem ideal para degustar os vinhos.

Passaremos por vinhos branco, tinto e doce, para enfim despertar os sentidos e elevar a experiência sensorial de uma degustação completa. Leia até o final para saber!

Conheça a melhor ordem para a degustação de vinhos

Não é exagero chamar a degustação de vinhos de jornada sensorial. Ela desperta não só o paladar, mas também o olfato e a visão, com seus aromas, sabores e texturas. Por isso, a ordem dos vinhos degustados desempenha um papel crucial para uma experiência completa de qualidade.

Veja os critérios para determinar a ordem ideal para degustar os vinhos:

Do mais jovem ao mais maduro

Esse modo de degustação permite aos degustadores acompanhar a evolução do vinho com o passar dos anos.  Observa-se como os aromas, os sabores e as texturas se transformam ao longo do tempo. Essa ordem respeita a natureza do próprio vinho e oferece uma jornada através do ciclo da vida dessa bebida.

Começando com os vinhos mais jovens, geralmente brancos ou espumantes, os degustadores têm a oportunidade de experimentar o frescor e a vivacidade dos sabores primários. Esses vinhos costumam ser frutados e apresentar uma acidez pronunciada, proporcionando uma introdução refrescante à degustação.

Nos vinhos tintos jovens, como Barbera, , é possível notar a presença de taninos suaves e sabores de frutas vermelhas frescas. Esses vinhos exibem uma energia e uma vitalidade que demonstram seu potencial de envelhecimento.

À medida que progredimos para vinhos tintos encorpados e complexos, como um Cabernet Sauvignon maduro, os taninos se tornam pronunciados, os sabores de frutas negras e de especiarias se desenvolvem. As nuances de envelhecimento em barril se tornam evidentes. 

De acordo com o teor de açúcar

Outra abordagem intrigante na degustação de vinhos é seguir uma progressão que varia de acordo com o teor de açúcar – do seco ao doce. Essa sequência permite experimentar uma ampla gama de estilos, começando com vinhos secos e avançando gradualmente para vinhos doces. 

Inicia-se com vinhos mais leves e secos, , como Sauvignon Blanc ou então um Espumante Brut, seguindo então para os vinhos tintos leves ou de médio corpo, como um Barbera ou Merlot e terminando com os tintos mais encorpados e envelhecidos.  Dessa forma,o paladar dos degustadores é preservado, mantendo a percepção clara dos sabores até o final. 

Por fim, assim como costuma ser a sequência de um jantar, que começa por saladas e entradas mais leves, passando pelo prato principal mais robusto e seguindo até a sobremesa, chegamos aos vinhos doces, como o espumante Moscatel ou o vinho licoroso Passito. Aqui, o açúcar é proeminente, proporcionando uma explosão de doçura equilibrada pela complexidade dos sabores e pela acidez remanescente. 

Leia também: Vinhos de sobremesa: quais são os rótulos indicados para uma carta de vinhos?

Comece do branco ao tinto

Um modo igualmente interessante é o de transição cromática. Mova-se da leveza e do frescor dos vinhos brancos para a profundidade e a complexidade dos tintos.

Os vinhos brancos iniciam a jornada, como o Moscato. Nessa sequência, os degustadores são recebidos com uma explosão de aromas frutados e florais. Esses vinhos são mais leves no corpo, com uma acidez vibrante que refresca o paladar. Tal combinação prepara os sentidos para a jornada que está por vir.

À medida que se avança para vinhos brancos encorpados, a degustação entra em fases de maior complexidade de sabor. E logo se iniciam os vinhos tintos leves, como o Barbera.

Os taninos dos  vinhos leves são sutis. Muitos desses rótulos possuem notas de frutas vermelhas frescas e delicadas nuances doces, como alcaçuz e baunilha, que contribuem para a sensação de leveza. 

Prosseguimos, com isso, para tintos encorpados e robustos, como blends que levem Cabernet Sauvignon ou Tannat em sua composição. . Nessa etapa, entramos na gama de maior profundidade e intensidade de sabores. 

Esses vinhos tendem a ter taninos pronunciados e sabores ricos de frutas escuras, especiarias e nuances terrosas. Dessa maneira, criam uma experiência sensorial robusta e satisfatória.

Vinhos brancos

Para saber a ordem ideal para degustar os vinhos, é necessário entender mais um pouco sobre cada um deles: branco, tinto e doce. Cada um possui características marcantes que fazem deles especiais em cada etapa. 

Brancos leves, com pouco corpo 

Os vinhos brancos leves são caracterizados por corpo ligeiro, álcool baixo  e acidez abundante. Por isso, oferecem uma experiência refrescante e acessível para os apreciadores. Um exemplo clássico desses vinhos são os Espumantes Brut

Brancos de corpo médio, aromáticos ou não

Vinhos brancos de corpo médio oferecem uma experiência sensorial mais substancial do que seus equivalentes leves. Enquanto isso, ainda mantêm uma certa leveza e frescor. 

Um exemplo clássico de vinho branco de corpo médio é o Chardonnay. Originário da região da Borgonha, na França, o Chardonnay é conhecido pela versatilidade. Além disso, possui a capacidade de refletir o terroir de onde é cultivado. 

Esses vinhos são frequentemente caracterizados por uma variedade de aromas. Indo de floral e frutado cítrico à frutas tropicais bastante maduras,  dependendo da região de produção  da uva e das técnicas de vinificação utilizadas.

Vinhos tintos

O tinto carrega consigo a forte tradição do vinho. Por isso, possui presença marcante na ordem ideal para degustar vinhos. Os detalhes você confere a seguir:

Leves e frutados

Um exemplo clássico de vinho tinto leve e frutado é o Pinot Noir. Originária da região da Borgonha, na França, a uva Pinot Noir é conhecida por sua delicadeza e sua elegância. Quando jovem, o vinho feito a partir dessa casta oferece aromas e sabores sutis de frutas vermelhas frescas, como cerejas, morangos e framboesas. 

Esses vinhos apresentam taninos suaves e uma acidez refrescante. Dessa maneira, proporcionam uma experiência de degustação agradável, perfeita para ser apreciada por si só.

Jovens e frutados

Geralmente produzidos a partir de castas que expressam intensamente o perfil frutado, recebem pouca ou nenhuma influência do envelhecimento em barril. Nesse contexto, resultam em vinhos frescos, acessíveis e prontos para serem apreciados desde o momento em que são engarrafados.

Castas como Merlot exibem uma expressão frutada e vibrante. Notas de frutas vermelhas maduras, como cereja, amora e groselha, se combinam com uma acidez refrescante e taninos suaves.

Estruturados

Os vinhos tintos estruturados são uma escolha excelente para quem procura uma experiência de degustação robusta e satisfatória. Uma das castas mais emblemáticas de tintos estruturados é a Cabernet Sauvignon. Originária da região de Bordeaux, na França, a Cabernet Sauvignon é conhecida por:

  • seus taninos firmes;
  • sua acidez viva;
  • seus sabores ricos e encorpados de frutas escuras, como cassis, amora e ameixa;
  • e suas notas complementares de carvalho, como baunilha, tabaco e especiarias. 

Maduros

Uma das características distintivas dos vinhos tintos maduros é a sua evolução no paladar. Com o envelhecimento, os taninos geralmente se suavizam e se integram mais harmoniosamente. Desse modo, proporcionam uma sensação de maciez e refinamento na boca. 

Os vinhos tintos como o Cabernet Sauvignon da safra de 2005, por exemplo, tendem a exibir suavidade e elegância distintas. À medida que amadurecem, mostram sabores sedosos de frutas escuras e notas terrosas.

Finalize com vinhos de sobremesa

Vinhos de sobremesa são um tipo de vinho doce de uma categoria deliciosa e especial. Feitos especialmente para serem apreciados após uma refeição, acompanham e complementam sobremesas como mousse de chocolate e crème brûlée. 

Esses vinhos são conhecidos por sua doçura natural e sua concentração de sabores. Essas características os tornam uma escolha perfeita para encerrar uma refeição com estilo e sofisticação.

Espumantes são opções excelentes nessa categoria na ordem ideal para degustar os vinhos. Como exemplo, citamos o famoso Moscatel espumante e o fresco Cortês espumante Niágara

A Panceri possui todos os rótulos para montar a ordem ideal para degustar os vinhos. Incluímos variedades premiadas de vinhos branco, tinto e doce. Acesse a loja da Panceri e confira todas as opções para encontrar a sua ordem ideal para degustar os vinhos. 

Brancos doces e aromáticos

Esses vinhos são associados a castas específicas conhecidas por sua capacidade de reter açúcar devido a fatores naturais, tais como a podridão nobre, late harvest ou então a colheita já no avançar do inverno, de modo a congelar as uvas na videira.  

Uma das castas mais emblemáticas nessa categoria é a Riesling. Originária da região alemã de Mosel, a Riesling é reconhecida por sua acidez vibrante. Sua capacidade de expressar uma ampla gama de aromas que abrange desde frutas cítricas e pêssego até notas florais (como jasmim e flor de laranjeira).

Uma alternativa brasileira ao Riesling alemão é o Panceri Passito. Este vinho foi submetido à um processo de fortificação, onde foi adicionada aguardente vínica a 70% a fim de inativar as leveduras e interromper o processo de fermentação. Isso resultou em um vinho com teor de açúcar residual bastante elevado, com toques de mel, damasco, amêndoas, casca de laranja cristalizada e abacaxi assado.

Conclusão

Qual foi a ordem ideal para degustar os vinhos que mais chamou sua atenção? De acordo com o teor de açúcar? Partindo de um vinho seco e chegando ao final com um delicioso vinho doce? Ou seguindo a idade da bebida? 

Seja qual for a que você mais achou interessante, o ideal é construir uma experiência completa com a Vinícola Panceri.