7 de agosto de 2024 - Noticia

Tipos de espumantes: quais os estilos e as diferenças?

Tipos de espumantes: quais os estilos e as diferenças?

Com certeza os espumantes já estiveram presentes em diversas comemorações da sua vida, atuando como base de um brinde e protagonizando uma celebração. Impossível pensar no reluzente momento de um casamento sem espumante para impulsionar os bons sentimentos entre os presentes e dar o início da festa. 

Sabemos que o espumante é uma bebida especial, mas o que, além disso, há para saber? 

A Panceri preparou esse conteúdo para trazer muita informaçãosobre essa bebida versátil e grande companheira de momentos felizes! Leia até o final e aproveite!

A diferença entre champanhe, espumante e frisante

É fácil de confundir, mas champanhe, espumante e frisante são diferentes, apesar de serem bem parecidos e serem fáceis de inverter os papéis na hora de escolher uma bebida. Os três são vinhos com efervescência, mas possuem características intrínsecas de cada um.   

O champanhe é um tipo de vinho produzido exclusivamente na região de Champagne, na França. Sua produção segue regras muito rigorosas, incluindo o método tradicional (méthode champenoise), onde a segunda fermentação ocorre na garrafa, resultando em uma efervescência fina e persistente. As variedades de uvas que podem ser utilizadas para produção dessa bebida também são restritas, sendo as principais: Chardonnay, Pinot Noir e Meunier. 

Já o espumante é um termo mais abrangente, que engloba todos os vinhos que contêm efervescência.. Esses vinhos são produzidos em várias regiões do mundo e podem ser feitos utilizando diferentes métodos de fermentação, tais como o método tradicional; o método “Charmat”- também chamado “método tanque” -,  onde a segunda fermentação ocorre em autoclave ou ainda o método “Asti”, ou “única fermentação”, também em autoclave.

E por último, o frisante, que, por outro lado, se refere a vinhos com uma leve efervescência, resultado de uma pressão interna menor do que a encontrada nos outros tipos de espumantes e champanhes. Os frisantes são geralmente mais leves e menos intensos em termos de borbulhas, com uma sensação mais suave na garganta, oferecendo uma experiência de degustação diferente dos espumantes e champanhes.

A perlage, ou seja, as borbulhas desse tipo de vinho podem ser resultantes da fermentação do produto, sendo denominados de “frisantes naturais” ou então adicionados através da carbonatação, semelhante ao que ocorre com águas e refrigerantes. 

A evolução dos estilos de espumante

Sabia que as borbulhas da efervescência nem sempre foram vistas com bons olhos? Justamente na região de Champagne, na França, as bolhas eram consideradas uma falha da fermentação/conservação da bebida. Ainda bem que isso mudou, não é? 

A técnica de fermentação foi aperfeiçoada e posteriormente replicada,  com isso, a sensação considerada refrescante e divertida causada pelas bolhas, se popularizou. O avanço e consolidação do Champagne reverberou o início das bebidas efervescentes. 

No início do século XX, o método Charmat (tanque) consolidou a produção de espumantes, permitindo a fermentação em tanques de aço inoxidável e consequentemente o aumento da escala de produção. Esse método tornou os diferentes tipos de espumantes mais acessíveis e lineares , resultando em vinhos frescos e frutados, alcançando notório reconhecimento em regiões como Prosecco, na Itália. 

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Os métodos de produção do espumante

Cada um desses métodos traz traços únicos para o espumante, conferindo características individuais que fazem dessas bebidas tão sofisticadas.

O método Charmat

O método Charmat, também conhecido como método de tanque, envolve a realização da segunda fermentação (tomada de espuma) em grandes tanques de aço inoxidável, em vez de garrafas individuais. 

Este processo começa em um tanque selado onde se encontra o vinho base (bastante jovem, com acidez alta e baixa graduação alcoólica). A este vinho se adiciona açúcar e leveduras, de modo a incitar uma nova fermentação.  A fermentação alcoólica, que por sua vez  transforma os açúcares da uva em álcool, produz como subprodutos o calor e o dióxido de carbono. O calor é contido através de sistema de frio, já o dióxido de carbono, como não tem para onde extravasar, se incorpora ao líquido, criando as bolhas características do espumante. 

O método Champenoise ou Tradicional

O método Champenoise, também conhecido como método Tradicional, é o processo mais antigo e reconhecido para a produção de espumantes. Neste método, a segunda fermentação ocorre dentro da própria garrafa. Após a fermentação inicial, o vinho base é engarrafado com a adição de uma mistura de açúcar e leveduras (liqueur de tirage ou licor de tiragem). As garrafas, então, são armazenadas horizontalmente e a fermentação secundária ocorre, criando dióxido de carbono e consequentemente a perlage, tal como acontece no método tanque.

O período posterior à fermentação pode durar de alguns meses até vários anos, à critério do vinicultor e/ou enólogo e é chamado de tempo de autólise (ou sur lie), sendo crucial para esse estilo, já que o contato do vinho com as leveduras inativas acaba fazendo com que a bebida desenvolva textura e complexidade tanto aromática quanto de sabor.

Após o período de autólise, as garrafas são colocadas em uma espécie de prateleira (chamada de pupitre) e passam por um manuseio periódico, onde são giradas (processo chamado de remuage) de modo a fazer com queas leveduras inativas, que já concluíram a fermentação,  fiquem depositadas no gargalo, sendo posteriormente removidas através de um  processo chamado dégorgement.

Depois disso o nível do vinho é ajustado com o chamado “licor de expedição” (que é um líquido constituído por um vinho de mesma variedade – ou de outra variedade, ou mais envelhecido -; açúcar para parametrização que se deseja – se nature, extra brut, brut ou etc.- e conservadores)) antes de ser selado com a rolha definitiva.

Método Asti

O método Asti foi desenvolvido para a produção de espumantes na região de Asti, no Piemonte, Itália, utilizando a uva Moscato Bianco. Ao contrário dos métodos Charmat e Champenoise, o método Asti realiza apenas uma única fermentação. 

O mosto de uvas é fermentado em tanques selados, nos quais ao se alcançar uma graduação alcoólica de cerca de 7%, se  interrompe o processo – através do arrefecimento da autoclave – antes que todo o açúcar da uva seja convertido em álcool, resultando em um espumante doce e de baixa graduação alcoólica. 

O método Asti destaca-se por preservar os aromas frescos e frutados da uva Moscato, resultando em espumantes leves e aromáticos, sendo atualmente amplamente replicado no Brasil para os espumantes Moscatéis.

Níveis de açúcar nos espumantes

A quantidade de açúcar adicionada, ou deixada no vinho base, define as diferentes categorias de espumantes.

Os tipos de espumante

Os tipos de espumantes são classificados principalmente pelo seu nível de doçura, que é determinado pela quantidade de açúcar residual presente na bebida. 

Durante o processo de fermentação, após a primeira fermentação do vinho base, uma mistura de açúcar e leveduras (licor de tiragem ou liqueur de tirage) é adicionada antes do recipiente ser lacrado para a segunda fermentação (seja na garrafa – método tradicional/champenoise – ou então no tanque selado/autoclave). Depois disso, as leveduras consomem o açúcar adicionado, produzindo álcool e dióxido de carbono. 

Por fim, no caso dos espumantes champenoises/tradicionais, é adicionado o licor de expedição – uma mistura de vinho, açúcar e conservadores. No caso dos espumantes asti/única fermentação, não é adicionado licor de expedição e nem de tiragem, apenas controlada a quantidade de açúcar que irá se transformar em álcool.

Em todas essas situações, o açúcar que permanecer após todo o processo irá categorizar o espumante em termos de doçura, variando desde espumantes muito secos, até espumantes mais doces, onde quantidades significativas de açúcar residual são deixadas no vinho após a fermentação.

Espumante nature

O espumante Nature, também conhecido como Brut Nature ou Pas Dosé, é o mais seco de todos os tipos de espumantes. Contém menos de 3 gramas de açúcar por litro e não há adição de açúcar após a fermentação. Esse tipo de espumante oferece um sabor puro e seco, destacando as características naturais do vinho base e das uvas utilizadas.

Espumante extra brut

O espumante Extra Brut é ligeiramente mais doce que o Nature, com até 6 gramas de açúcar por litro. Embora ainda seja muito seco, o Extra Brut tem um toque sutil de doçura que pode equilibrar os sabores mais intensos do vinho, tornando-o uma opção versátil para diversas ocasiões.

Espumante brut

O espumante Brut é a categoria mais popular e mais consumida. Contém até 12 gramas de açúcar por litro, o que o torna seco, mas com uma leve percepção de doçura. Essa leveza torna o Brut uma escolha versátil, que pode ser apreciada tanto sozinha quanto acompanhada de uma grande variedade de alimentos.

Espumante sec ou seco

O espumante Sec, também chamado de Dry, possui um nível de açúcar que varia entre 17 e 32 gramas por litro. Apesar do nome, é mais doce do que o Brut e Extra Brut. O espumante Sec é adequado para aqueles que preferem um vinho com uma doçura mais perceptível, mas ainda equilibrada.

Espumante demi-sec

O espumante Demi-Sec é uma opção mais doce, com níveis de açúcar que variam de 32 a 50 gramas por litro. Esse tipo de espumante costuma ser escolhido para acompanhar sobremesas ou ser apreciado em ocasiões especiais onde uma doçura mais pronunciada é desejada.

Espumante doce

O espumante Doce, ou Doux, é o mais doce de todos, contendo mais de 50 gramas de açúcar por litro. Este tipo de espumante é servido como vinho de sobremesa devido à sua doçura intensa. É ideal para harmonizar com sobremesas, doces e frutas frescas ou desidratadas, proporcionando uma experiência gustativa rica.

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A forma correta de servir

Para tornar a experiência realmente completa, existe o jeito certo para servir espumante: 

Taça

A taça ideal para servir espumante é a taça flûte, caracterizada por seu corpo alongado e estreito. Este formato ajuda a preservar as bolhas, permitindo que elas subam lentamente à superfície, prolongando a efervescência e garantindo o efeito estético da bebida. Temperatura ideal

A temperatura ideal para servir espumante varia entre 5°C e 10°C, dependendo do tipo e da doçura do vinho. Espumantes mais secos, como o Brut Nature e o Extra Brut, devem ser servidos entre 7°C e 10°C para acentuar sua acidez e frescor sem atenuar seus aromas. Já os espumantes mais doces, como o Demi-Sec e o Doce, podem ser servidos mais gelados, entre 5 e 8ºC, pois costumam apresentar mais riqueza aromática. 

A Loja Oficial da Vinícola Panceri possui três rótulos de espumantes doces e outras três opções dos populares bruts, produzidos a partir de diferentes métodos e com diferentes períodos de autólise.  Confira e deguste o melhor espumante nacional por um preço acessível diretamente na sua casa!

Conclusão

Você sabia de todos esses detalhes incríveis sobre espumantes? Aqui na Vinícola Panceri, nossos espumantes seguem rígidas normas de qualidade, tudo para entregar a melhor experiência para você, o nosso maior motivo de comemorações!